O músico Rubens Antônio da Silva, mais conhecido como Caçulinha, morreu na madrugada desta segunda-feira (5) aos 86 anos, em São Paulo (SP).
Ele estava internado há mais de uma semana no hospital Sancta Maggiore, na capital paulista, onde se recuperava de um infarto.
“Uma vida de dedicação à música popular brasileira. O maestro, com ouvido absoluto, que tocou com os grandes artistas, gravou mais de 30 discos e divertiu muita gente por 60 anos na televisão, deixa um legado imenso de amor à arte”, diz nota publicada no perfil do Instagram de Caçulinha.
O velório será na Capela do Cemitério São Paulo, em Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista, a partir das 11h. O sepultamento será às 16h no mesmo local.
Caçulinha nasceu em uma família musical. Seu pai, Mariano da Silva, foi um compositor sertanejo de sucesso e, junto com seu irmão, formou a primeira dupla sertaneja a gravar um disco no Brasil. Desde cedo, Caçulinha demonstrou um talento excepcional para a música, começando a tocar acordeão aos oito anos de idade. Ele possuía ouvido absoluto, uma habilidade rara que lhe permitia identificar ou recriar qualquer nota musical sem referência.
Ao longo de sua carreira, Caçulinha se destacou como multi-instrumentista, tocando piano, violão, acordeão e escaleta. Ele acompanhou grandes nomes da música brasileira, como Elis Regina, Luiz Gonzaga, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, João Gilberto, Simonal, Dominguinhos, Gonzaguinha, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia e Milton Nascimento.
Caçulinha se tornou uma figura conhecida na televisão brasileira, especialmente por sua participação no programa “Domingão do Faustão”, onde foi responsável pela trilha sonora ao vivo por mais de 20 anos. Ele também participou de outros programas de TV, como “Essa Noite se Improvisa”, “Raul Gil”, “Ratinho”, “Os Trapalhões”, “Balão Mágico”, “Clube do Bolinha”, “Almoço com as Estrelas”, “Perdidos na Noite” e “A Praça é Nossa”.
Ao longo de sua carreira, Caçulinha gravou 31 discos de vinil, sendo o mais recente lançado em novembro de 2019, em comemoração aos seus 60 anos de carreira. Sua contribuição para a música brasileira é imensurável, e ele será lembrado como um dos grandes músicos de sua geração.
