A construção do Aeródromo Chiola Fly Club, em Águas Lindas de Goiás, deu um passo importante com a aprovação do Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo (PBZPA). A autorização foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 24 de janeiro e marca uma nova fase para o empreendimento, que promete movimentar a aviação executiva e logística na região.
O aeroclube contará com uma pista de pouso e decolagem de 2.100 metros de comprimento por 204 metros de largura, com capacidade para receber aeronaves de grande porte, como Boeing 737 e Airbus A320. Além disso, a estrutura incluirá:
Para utilizar as instalações, será necessário adquirir uma cota do empreendimento, modelo de negócios que já atraiu os primeiros 20 cotistas, todos apaixonados pela aviação.
O empresário Edilson, idealizador do projeto, destaca o potencial econômico do aeródromo. Segundo ele, a presença de um aeroporto impulsiona o desenvolvimento local, atraindo empresários e novas oportunidades de negócios.
O setor de manutenção de aeronaves também será um diferencial do Chiola Fly Club. Brasília, apesar de ser um dos principais polos da aviação no país, carece de oficinas especializadas, tornando o novo aeroclube uma opção estratégica para o setor.
Além disso, o transporte de cargas para e-commerce será um dos focos do empreendimento, fortalecendo a logística na região do Distrito Federal e entorno.
Com um investimento inicial de R$ 35 milhões, a previsão é que a pista entre em operação em 15 de outubro, dependendo da liberação da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO). A obtenção do código ICAO permitirá que o aeródromo seja identificado globalmente, inserindo Águas Lindas no mapa mundial da aviação.
“Qualquer piloto, em qualquer lugar do mundo, poderá acessar as informações da pista, seu tamanho e sua capacidade”, explica Edilson.
O setor de aviação executiva está em ascensão no país. Um estudo da Mordor Intelligence aponta que o Brasil possui a maior frota de jatos executivos da América Latina, com 906 aeronaves em operação. O mercado deve crescer 103% nos próximos cinco anos, movimentando US$ 1,31 bilhão até 2029.
Além do impacto econômico, a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) reforça o papel social da aviação executiva, essencial para transporte aeromédico, resgates e operações emergenciais em áreas remotas.
Com a aprovação do PBZPA, a obra agora avança para a conclusão da pista e infraestrutura complementar. As atividades de terraplanagem já foram realizadas, mas as obras foram temporariamente suspensas devido ao período chuvoso. Assim que as condições climáticas permitirem, os trabalhos serão retomados.
Para Edilson, a publicação da portaria no DOU representa uma grande conquista. “Fizemos um golaço. Essa aprovação foi extremamente importante para o projeto”, comemora o empresário.
Com a expansão da aviação executiva e logística no Brasil, o Aeródromo Chiola Fly Club pode se tornar um polo estratégico para negócios e turismo na região.