A Polícia Civil de Goiás investiga se a morte de um pai e seu filho tem relação com saques fraudulentos de benefício do INSS de uma das vítimas. A morte do adolescente aconteceu em 2014 e foi descoberta quando encontraram o corpo em estado avançado de decomposição dentro de uma cisterna, em Águas Lindas de Goiás.
Conforme informações da Polícia Civil, incialmente as investigações considerava o pai como o principal suspeito pela morte do filho. Porém, no ano passado, a polícia encontrou uma nova ossada na mesma cisterna. Exames periciais comprovaram que se tratava do pai do adolescente.
Agora, os investigadores tentam relacionar as mortes à uma mulher, que foi identificada por continuar sacando, mesmo depois das mortes, o benefício do INSS em nome do pai do adolescente assassinado.
Segundo os investigadores, quando a morte do adolescente foi descoberta, em 2014, o pai se tornou o principal suspeito. Isso porque, testemunhas relataram que o menor morava apenas com ele e, principalmente, que ambos mantinham uma relação conturbada, repleta de brigas. Além disso, o homem havia desaparecido também, o que na época, fez com que o os agentes acreditassem que ele continuava vivo e havia fugido para não ser preso.
Outra razão que levava os investigadores a crer que o pai era o responsável pelo homicídio e que estava vivo, era porque os benefícios do INSS, em nome dele, continuavam sendo realizados regularmente. Desde então, Davi Rosa, o pai do garoto, era considerado foragido.
Já no ano de 2020, no entanto, foi descoberto que uma mulher estava sacando, de forma fraudulenta, o benefício do INSS, em nome do pai do garoto assassinado. No decorrer das investigações, a polícia encontrou uma ossada na mesma cisterna em que o corpo do garoto havia sido encontrado seis anos atrás. Exames periciais comprovaram que se tratava de Davi Rosa, apontado como o autor do homicídio do adolescente. O delegado Cléber Júnior considera a hipótese de que ambos tenham sido mortos na mesma data.
Com a informação de que os dois familiares morreram, a polícia agora tenta relacionar os prováveis homicídios com os saques fraudulentos. Investigações posteriores comprovaram que os saques estavam sendo feitos por um casal de despachantes, moradores do Distrito Federal. Em cumprimento a mandado de busca e apreensão, a polícia encontrou no escritório e residência dos suspeitos telefones celulares e cartão de outra pessoa, utilizado também para saques indevidos. Um dos suspeitos confirmou que se desfez do cartão de Davi ao perceber que não estava mais recebendo o benefício, há poucos meses.
Ainda conforme as investigações, o casal teve ajuda de um morador do distrito de Girassol, que entregou a eles (em 2014) o cartão em nome Davi e o cartão de terceiro utilizado atualmente, que estava na posse do casal. As investigações prosseguirão, a fim de se chegar à autoria das mortes de Davi e seu filho, sendo registrados os procedimentos pertinentes aos crimes contra a previdência, para os encaminhamentos devidos.
Com informações do Mais Goiás