Com o intuito de ampliar as condições de acessibilidade para pessoas autistas nas salas de cinema de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, a Câmara Municipal de Vereadores aprovou por unanimidade o projeto de Lei 1.577/2022, de autoria do vereador Felipe Galdino (Republicanos).
O projeto recebeu o nome de "Sessão Azul" e foi sancionado pelo prefeito Lucas de Carvalho Antonietti (PODE) em junho de 2022. Com isso, a lei está em vigor desde setembro deste ano.
As famílias e acompanhantes de pessoas com TEA também são beneficiadas pela lei. Levando em consideração as necessidades dos autistas, as salas de cinema devem ser adaptadas com redução do volume do som e luzes que deverão estar levemente acesas.
Também deverá ser afixada a fita azul com peças de quebra-cabeça na entrada das salas de exibição, esse é o símbolo mundial do Espectro Autista.
Segundo a lei, o público deve ter acesso irrestrito à sala de exibição, podendo entrar e sair ao longo da sessão.
No caso de não preenchimento total das vagas disponíveis até cinco dias da data estipulada para a sessão, o estabelecimento tem autorização para disponibilizar as vagas restantes ao público em geral, limitado à metade dos assentos.
Para as adaptações das sessões foram levadas em consideração as dificuldades sensoriais de autistas, que muitas vezes têm sensibilidades a determinados sons, luzes e imagens.
Os cinemas têm a responsabilidade e autonomia de disponibilizar as "Sessões Azuis" pelo menos uma vez a cada mês. Vale destacar que as pessoas autistas possuir o direito de meia entrada para cinema e outras atividades culturais no muncípio.
Enquanto para a maioria da população ir ao parque, fazer uma viagem, passear pelo shopping e ir ao cinema são atividades corriqueiras, a realidade é muito diferente para os autistas e suas famílias.
Com a “Sessão Azul” os autistas podem desfrutar uma ida ao cinema com mais conforto e acessibilidade. Afinal, uma sessão de cinema para um autista pode ser algo desafiador e estressante.
O som pode ser alto demais, os filmes exigem concentração e o espaço é limitante, sem contar com os olhares de julgamento das pessoas que não entendem direito o motivo da inquietação de um autista durante a exibição de um filme.